Comércio de bairro movimenta a economia e atrai investimento de empresários

O empresário Reinaldo Dias de Pontes comemora as boas vendas em seus dois mini-mercados
O empresário Reinaldo Dias de Pontes comemora as boas vendas em seus dois mini-mercados

Pequenos pontos comerciais são a aposta de empreendedores que querem fugir da alta concorrência do centro da cidade

Montar um negócio no centro de Itapeva já não é a opção mais atrativa e estratégica para alguns empresários quando o assunto é inovar e lucrar mais. Com o foco em atender às necessidades de moradores de bairros mais distantes da zona central da cidade, empresários conseguem oferecer maior comodidade e conquistam a confiança dos clientes.

É o caso do empresário Reinaldo Dias de Pontes, proprietário de dois mini-mercados em dois bairros afastados do centro de Itapeva. Para Rei, como é conhecido, além da pouca concorrência, o baixo preço do aluguel do prédio é uma importante vantagem de investir em um comércio de bairro. “A nossa ideia era realmente atuar em regiões distantes dos supermercados maiores e mais tradicionais. A escolha dos bairros foi estratégica e estamos muito satisfeitos em investir no atendimento dessas comunidades. Hoje já temos 17 funcionários contratados, ou seja, o comércio promove o desenvolvimento econômico dos bairros e os deixa mais independentes”, explica.

Com um supermercado instalado há cinco anos no Jardim Virgínia e outro, há dois anos, no CDHU, Reinaldo comemora o bom andamento dos negócios. “No começo foi difícil, pois as pessoas já estavam acostumadas a comprar nos mercados maiores do centro da cidade. Hoje, os moradores das proximidades já estão acostumados a comprar conosco e o nosso fluxo de clientes é excelente. Com mais clientes, podemos comprar os produtos em maior quantidade, conseguindo margem de preço para competir com os mercados maiores”, revela.

Rei conta também que prioriza o bom atendimento e a comodidade dos clientes, com direito a entrega em residências. “Nossos clientes já são nossos conhecidos e gostamos de trata-los com carinho. Fazemos até pequenas entregas em casa, sem nenhuma cobrança adicional. Essa é mais uma vantagem que o cliente tem nos comércios menores, essa proximidade e até amizade”, diz.

Nem o período de crise econômica desanimou Reinaldo, que comemora o aumento das vendas. “Percebemos que com essa situação financeira mais apertada, nossos clientes parecem estar saindo menos para comer fora e estão preferindo fazer comida em casa. Para quem tem mercado, isso é muito bom. Nossas vendas continuaram crescendo e não sentimos o impacto da crise”, comemora.

A enfermeira Fernanda Freitas Bossarti também escolheu a dedo o local para montar sua farmácia. Moradora do Jardim Beija Flor, Fernanda viu em um ponto comercial perto de sua casa a oportunidade de abrir um negócio sem concorrência por perto. “Como sou moradora do bairro, já conhecia a necessidade de uma farmácia no Jardim Beija Flor. Foi dessa minha percepção que surgiu a ideia de investir no meu próprio bairro”, destaca.

Fernanda comenta ainda que o custo para abrir um negócio em um bairro afastado do centro é bem atraente. “O valor do aluguel no bairro é muito menor do que seria se eu fosse abrir no centro da cidade, com vários concorrentes por perto”, diz. Para a empresária, o segredo do sucesso de um empreendimento de bairro é conquistar a simpatia e a confiança da freguesia. “A melhor propaganda é a feita boca-a-boca. Sempre atendemos todos de forma muito educada e gentil, independente de condição econômica. Acredito que isso nos aproxima dos clientes e fideliza a preferencia deles pela nossa empresa. Muitos preferem comprar comigo porque confiam em mim”, explica.